Em que momento crescemos? Quando exactamente deixamos de ser crianças e nos transformamos em pessoas chatas e complicadas? Por quê depois de velhos nos afastamos das pessoas que gostamos? Por quê não abraçamos mais? Não consigo me lembrar quando foi que deixei de tratar o outro com carinho.
Uma criança vê no outro um amigo, uma possibilidade de brincadeira. Mesmo que não falem o mesmo idioma são capazes de se entender. Acho que envelhecer é a arte do desentendimento. De fato. É aprender a desconfiar, a ver no outro uma ameaça.
A adolescência é o ponto médio entre esses dois pontos. Sente-se que algo está ficando para trás mas não se sabe ao certo o quê. Algo que já não pode ser recuperado. Acredito que essa coisa é o presente. A época do deixar-se relacionar. E não falo em sentido sexual, mas de amizade mesmo. Com o tempo acabamos aprendendo que nem sempre se podem cumprir as promessas de amizade eterna, pois o pra sempre às vezes dura muito pouco. Aprendemos a lidar com a perda de pessoas queridas, que se vão para longe. Algumas se mudam de cidade, outras de país. Algumas morrem. Avós, tios, tias, amigos... A morte pouco a pouco deixa de ser um personagem de filme de terror para ser o inimigo que está sempre à espreita, ao nosso lado, levando pessoas queridas.
Descobrimos que muitos “até logo” na verdade são “adeus”. Depois de muitos anos distantes, podemos um dia passar ao lado de uma dessas pessoas queridas de tempos atrás e nem sequer reconhecê-las. Isso sem falar nas dores do coração. São tantas lágrimas, tanto vazio, tanto desespero, que pouco a pouco aprendemos a aceitar a impermanência das coisas. E como o fazemos? Sem nos apegar a nada ou ninguém.
Nunca entendi a parte do budismo que fala do desapego. Se não tivesse apego por todas as pessoas que amo (e acredito que o verbo amar não se conjuga no passado) não teria a menor graça viver. Sigo sofrendo a cada dia pelas pessoas que se foram, desde aquela melhor amiga da 5ª série que se mudou pra Peruibe e eu nunca mais vi, o primeiro relacionamento, nem que ele não tenha tido todo sentimento forte que teria que ter, ou às saudades que sinto todos os dias de todos os parentes e amigos que perdi. Uma espécie de síndrome de Diógenes das recordações.
Talvez crescer seja isso, aprender a conviver com a ausência, com a obrigação de aprender a sobreviver só, com o medo cada vez menos imaginário e mais real da morte. Com a desconfiança e o desentendimento, com as paixões e amizades mais racionais e menos viscerais.
Acho que essa é a pior parte. Aprender a conviver com a auto privação das demonstrações de afeto, mais com o tapinha nas costas e o aperto de mão e menos com o abraço apertado de um bom amigo. É, sem dúvida nós, adultos, deveríamos nos abraçar mais. Pois se você abraça uma pessoa diante outras ! esta colocando a pessoa em mals lençois , ' o que eles vão pensar ' de dois amigos se abraçando ? serão gays ? não ? que falta de respeito ...
Uma criança vê no outro um amigo, uma possibilidade de brincadeira. Mesmo que não falem o mesmo idioma são capazes de se entender. Acho que envelhecer é a arte do desentendimento. De fato. É aprender a desconfiar, a ver no outro uma ameaça.
A adolescência é o ponto médio entre esses dois pontos. Sente-se que algo está ficando para trás mas não se sabe ao certo o quê. Algo que já não pode ser recuperado. Acredito que essa coisa é o presente. A época do deixar-se relacionar. E não falo em sentido sexual, mas de amizade mesmo. Com o tempo acabamos aprendendo que nem sempre se podem cumprir as promessas de amizade eterna, pois o pra sempre às vezes dura muito pouco. Aprendemos a lidar com a perda de pessoas queridas, que se vão para longe. Algumas se mudam de cidade, outras de país. Algumas morrem. Avós, tios, tias, amigos... A morte pouco a pouco deixa de ser um personagem de filme de terror para ser o inimigo que está sempre à espreita, ao nosso lado, levando pessoas queridas.
Descobrimos que muitos “até logo” na verdade são “adeus”. Depois de muitos anos distantes, podemos um dia passar ao lado de uma dessas pessoas queridas de tempos atrás e nem sequer reconhecê-las. Isso sem falar nas dores do coração. São tantas lágrimas, tanto vazio, tanto desespero, que pouco a pouco aprendemos a aceitar a impermanência das coisas. E como o fazemos? Sem nos apegar a nada ou ninguém.
Nunca entendi a parte do budismo que fala do desapego. Se não tivesse apego por todas as pessoas que amo (e acredito que o verbo amar não se conjuga no passado) não teria a menor graça viver. Sigo sofrendo a cada dia pelas pessoas que se foram, desde aquela melhor amiga da 5ª série que se mudou pra Peruibe e eu nunca mais vi, o primeiro relacionamento, nem que ele não tenha tido todo sentimento forte que teria que ter, ou às saudades que sinto todos os dias de todos os parentes e amigos que perdi. Uma espécie de síndrome de Diógenes das recordações.
Talvez crescer seja isso, aprender a conviver com a ausência, com a obrigação de aprender a sobreviver só, com o medo cada vez menos imaginário e mais real da morte. Com a desconfiança e o desentendimento, com as paixões e amizades mais racionais e menos viscerais.
Acho que essa é a pior parte. Aprender a conviver com a auto privação das demonstrações de afeto, mais com o tapinha nas costas e o aperto de mão e menos com o abraço apertado de um bom amigo. É, sem dúvida nós, adultos, deveríamos nos abraçar mais. Pois se você abraça uma pessoa diante outras ! esta colocando a pessoa em mals lençois , ' o que eles vão pensar ' de dois amigos se abraçando ? serão gays ? não ? que falta de respeito ...
É assim que encontramos a situação de hoje .
aaaaain quee lindo o texto fá, mas eu curti mesmo foi o texto do seu perfil!
ResponderExcluir:)
adooroo vocee fafá s2
nossa fah achei bem profundo , e posso dizer concerteza q concordo os adultos deveriam se abraçar mais
ResponderExcluiressa falta de carinho entre as pessaos grandes gera mais desunião!!!!!!!!
bjss querido te adorrroooooo
mah
Um pouco triste...mas infelizmente a realidade...
ResponderExcluiro trecho q fala do "até logo"/"adeus" aconteceu comigo...e até hoje fico meio sem acreditar q aquilo foi um ADEUS... =(..MAS ENFIM...
Temos q aproveitar cada minuto da nossa vida...pq ela passa muito rápido e o próximo natal, férias de faculdade, aniversários podem simplesmente não chegar.
Um texto que vi na capacitação de hanseníase desse final de semana, deixo aqui para q todos reflitam um pouco:
"O dia mais belo: hoje
O oposto do nada: fé
A coisa mais fácil: errar
A proteção efetiva: o sorriso
A mais bela de todas as coisas: o amor
A sensação mais agradável: a paz interior" (Madre Tereza de Calcutá)
Abraço Fah...
ANDRÉ